Rybelsus e Ozempic contêm a mesma droga ativa, semaglutida, mas em formas diferentes.
O primeiro vem como um comprimido oral (nas doses de 3, 7 e 14mg). Enquanto o segundo é administrado como uma injeção subcutânea (nas doses de 0,25, 0,5 e 1,0mg por semana).
A semaglutida é um agonista do receptor do peptídeo 1 do tipo glucagon (GLP-1RAs). Essa classe de medicamentos GLP-1RAs (por ex. Liraglutida, Dulaglutina, Exenatide, Semaglutida) é uma classe bem estabelecida de agentes redutores de glicose que:
- Estimulam a secreção de insulina mediada por glicose;
- Reduzem a liberação de glucagon;
- Reduzem a produção hepática de glicose;
- Retardam o esvaziamento gástrico;
- Aumentam a saciedade;
- Melhoram os fatores de risco cardiovasculares.
Ao corrigir vários defeitos fisiopatológicos no DM2, os GLP-1RAs proporcionam controle glicêmico eficaz, com baixo risco de hipoglicemia. Ao mesmo tempo, reduzem o peso corporal, a pressão arterial e, em alguns casos, os eventos cardiovasculares.
Qual o Melhor?
O Rybelsus é mais uma alternativa para o tratamento da obesidade como uma medicação de ação periférica. Porém, sabemos que a versão subcutânea da semaglutida é mais eficiente para a perda de peso.
Logo, o Rybelsus não é a primeira opção medicamentosa em pacientes diabéticos que necessitem de grande perda de peso. Mas pode ser uma opção para aqueles que resistem a aplicações subcutâneas.
Podemos considerar a mudança de Ozempic para Rybelsos em pacientes que já atingiram a meta de peso perdida e que preferem tomar medicamentos por via oral em vez de injeções subcutâneas.
Se o paciente tiver doença cardíaca, pode-se considerar o Ozempic em vez de Rybelsus, uma vez que ele já é aprovado para diminuir o risco cardiovascular em pessoas com diabetes tipo 2 pelo FDA.
Caso o paciente esteja querendo mudar do tratamento subcutâneo para o tratamento oral deve-se prescrever o início do Rybelsus até 7 dias após a última injeção de Ozempic.
Por: Dr. Ribamar Cruz
Nutrologia
CRM/GO: 11909 | RQE: 8186