DESVENDANDO O HIV: POR QUE AINDA PERSISTE?

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Embora as novas infecções por HIV tenham reduzido em 59% desde 1995, segundo dados da UNAIDS, em 2022 havia 39 milhões de pessoas vivendo com HIV (PVHA). Destas, cerca de 1,3 milhão foram de indivíduos recém-infectados, em um ano em que 630 mil morreram de doenças relacionadas à AIDS.

No Brasil não é diferente e a infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) ainda é uma realidade preocupante e é necessário enfrentar essa questão com seriedade.

Demora no Diagnóstico

Um dos desafios enfrentados no combate ao HIV é o diagnostico tardio. Muitas pessoas demoram em procurar auxílio médico, seja por desconhecimento sobre os possíveis sinais e sintomas ou por receio em realizar os testes e receber o diagnóstico da infecção. Isto se deve a fatores de vulnerabilidade que criam barreiras tanto para o controle da epidemia do HIV, como para o sucesso do tratamento e do cuidado: discriminação e estigma relacionados ao racismo, homofobia, transfobia, machismo, sorofobia entre tantas outras condições que aprofundam as inequidades em saúde.

É fundamental, portanto, conscientizar e encorajar as pessoas a procurarem por auxilio médico de forma oportuna e realizar os testes diagnósticos sempre que houver suspeita de infecção pelo HIV. O diagnóstico precoce propicia início mais rápido da terapia antirretroviral e a manutenção da saúde e da qualidade de vida dos indivíduos.

Principais Sinais e Sintomas Iniciais do HIV

Muitas vezes, a infecção pelo HIV pode não apresentar sintomas evidentes nas fases iniciais. No entanto, em alguns casos, podem ocorrer sintomas semelhantes aos de uma gripe, como febre, dor de garganta e fadiga.

Ressalta-se, porém, que a maioria das pessoas infectadas pelo vírus podem permanecem por anos sem manifestar quaisquer sintomas da doença, até que desenvolvam quadros clínicos que façam pensar no diagnostico da infecção. Sendo assim, não se deve aguardar o aparecimento de sintomas para considerar a realização dos testes diagnósticos. Como em qualquer patologia, o diagnóstico precoce é sempre a melhor estratégia.

Tipos de Tratamento

O tratamento do HIV é altamente eficaz, com uma variedade de medicamentos antirretrovirais disponíveis pelo Sistema Único de Saúde. Após o diagnóstico, o tratamento deve ser iniciado o quanto antes, pois reduz morbidade e mortalidade associadas à Aids e melhora a qualidade de vida das PVHA. Além disso, a terapia antirretroviral (TARV) representa uma importante ferramenta na prevenção da transmissão do vírus, uma vez que a PVHA que esteja em uso regular da TARV e com carga viral indetectável há pelo menos 6 meses não transmite o HIV por via sexual.

Estabelecendo Saúde e Qualidade de Vida

O tratamento do HIV não apenas controla a replicação do vírus, mas também permite que os pacientes vivam uma vida plena e saudável. Com a adesão adequada ao tratamento, é possível atingir uma carga viral indetectável, que contribui positivamente no controle da epidemia de HIV (indetectável = intransmissível), melhora a função imune, aumenta expectativa de vida, previne o surgimento de infecções oportunistas e reduz o risco de comorbidades, como eventos/doenças cardiovasculares.

Procurando Ajuda Médica: O Papel Fundamental do Infectologista

Para o correto diagnóstico e acompanhamento da infecção pelo HIV, é fundamental contar com ajuda médica especializada, como o infectologista. Com o conhecimento específico, o paciente obtém orientações sobre o tratamento, monitoramento da resposta à TARV, bem como avaliação clinica periódica, reduzindo assim o risco de comorbidades e outras condições associadas ao vírus.

Compreender o HIV e suas nuances é o primeiro passo para que se busque o diagnóstico e tratamento precoces, contribuindo assim para a redução de sua transmissão e melhora qualidade de vida para as PVHA.

Se tem dúvida, faça o teste! E se precisar, procure auxilio médico!

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