Colesterol: a Ameaça Invisível por trás de Infartos e Derrames

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A aterosclerose é uma doença silenciosa, mas com enorme impacto: ela é responsável por um grande número dos infartos e derrames. O processo começa cedo, muitas vezes ainda na juventude, e acontece por meio de uma inflamação persistente na parede das artérias. O colesterol em excesso atua como um “potencializador” dessa inflamação, favorecendo a formação das chamadas placas ateroscleróticas, que estreitam ou obstruem a circulação. Tabagismo, sedentarismo, pressão alta, obesidade e diabetes também aceleram esse processo. Por isso, manter níveis adequados de colesterol e hábitos de vida saudáveis é uma das formas mais eficazes de prevenir complicações cardiovasculares.

As novas diretrizes brasileiras sobre colesterol alto e aterosclerose reforçam conceitos importantes: o foco não é apenas tratar quem já tem colesterol alto, mas prevenir a aterosclerose em todas as fases da vida. Isso significa olhar para crianças, jovens, adultos e idosos com atenção diferenciada, respeitando o risco de cada um. O conceito central é que quanto mais cedo se controla o colesterol e os fatores de risco, promovendo hábitos de vida saudáveis, maior a proteção contra eventos futuros, já que a doença pode ser progressiva e se intensificar com a idade.

Uma das grandes novidades das novas recomendações é que o cuidado ficou mais simples e objetivo. O colesterol LDL, conhecido como o “colesterol ruim”, continua sendo o principal foco. Mas agora os médicos contam também com exames mais modernos para enxergar o risco de forma mais clara. Um exemplo é o escore de cálcio coronário, uma tomografia que mostra se já existem placas de aterosclerose nas artérias do coração, mesmo em pessoas que não sentem nada. Isso permite identificar quem realmente precisa de tratamento mais intensivo e quem pode se beneficiar principalmente de mudanças no estilo de vida.

Por fim, além das medicações já conhecidas, como as estatinas e a ezetimiba, a diretriz destaca terapias mais modernas, como o ácido bempedoico e a inclisirana, que ampliam as opções de controle do colesterol em casos mais difíceis. Para o paciente, a mensagem é clara: controlar o colesterol é investir em anos de vida com mais saúde e menos risco de infarto ou AVC. O papel do cardiologista é individualizar o tratamento, escolhendo a estratégia certa para cada pessoa; o papel do paciente é aderir ao tratamento e manter hábitos de vida saudáveis.

Por:

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