A moda dos suplementos: você realmente precisa deles?

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Nos últimos anos, os suplementos alimentares se tornaram um fenômeno de consumo. Em farmácias, supermercados e até em lojas de conveniência, encontramos vitaminas, minerais, proteínas em pó, cápsulas de ômega-3, colágeno, melatonina, coenzima Q10 e tantos outros produtos que prometem saúde, energia e longevidade. Porém, diante de tanta oferta, surge a pergunta essencial: será que você realmente precisa deles?

O apelo da praticidade

A rotina acelerada e a busca por resultados rápidos na estética e na performance física fazem com que muitas pessoas recorram aos suplementos como se fossem soluções mágicas. De fato, em situações específicas eles podem ter um papel importante, como na recuperação muscular de atletas ou em casos de carências nutricionais diagnosticadas. No entanto, para a maioria da população, uma alimentação equilibrada é capaz de suprir as necessidades nutricionais sem a necessidade de consumo adicional.

Quando o excesso vira risco

O que muitas pessoas não sabem é que suplementar sem orientação profissional pode ser prejudicial. Um exemplo claro é a vitamina D: consumida em excesso, ela pode causar a chamada hipervitaminose D, quadro que leva ao acúmulo de cálcio no sangue, provocando danos graves como cálculos e até falência renal. O mesmo raciocínio vale para outros suplementos – o que em pequenas doses pode ser benéfico, em excesso torna-se um risco à saúde.

Evidência científica: o que realmente funciona?

Apesar da popularidade, nem todos os suplementos têm comprovação científica robusta quanto à sua eficácia. Produtos como whey protein e creatina possuem estudos consistentes que validam sua utilização em determinados contextos, principalmente no esporte. Já outros, como colágeno hidrolisado, ainda apresentam resultados controversos na literatura. O consumo indiscriminado, movido mais pelo marketing do que pela ciência, pode trazer frustração e riscos.

O papel do nutricionista

É importante reforçar que suplemento não substitui alimentação saudável. A base da saúde está no prato do dia a dia: frutas, verduras, legumes, cereais integrais, proteínas magras e gorduras boas. Suplementar deve ser uma conduta individualizada, baseada em exames laboratoriais, histórico de saúde e objetivos específicos. Nesse processo, o acompanhamento de um nutricionista ou médico qualificado é fundamental para garantir segurança e eficácia.

Menos modismo, mais consciência

A moda dos suplementos pode até ser sedutora, mas não deve ser seguida cegamente. Antes de investir em frascos e potes coloridos, vale refletir: você realmente precisa desse produto? Seu corpo está pedindo por ele ou seria apenas uma influência das redes sociais e do marketing? A resposta honesta a essas perguntas pode evitar problemas de saúde no futuro.

Suplementar pode ser necessário em alguns casos, mas deve ser sempre uma decisão técnica, individualizada e consciente — nunca apenas uma moda.

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