Uma das principais preocupações dos pais com relação a saúde bucal de seus filhos é a cárie, e não é para menos, no Brasil, os índices de crianças que apresentam casos de cáries até os 3 anos é bem alto (próximo a 30%) e aumentam muito após os 3 anos (passando de 50%) das crianças.
Quando ocorre a cárie?
A cárie acontece quando se tem presença de AÇÚCAR e de BIOFILME (placa bacteriana = decomposição de alimentos + microrganismos) na boca, criando esse ambiente para o surgimento da lesão. Então, quanto mais doce, pegajoso e grudento, pior é.
Os principais alimentos cariogênicos são aqueles que contêm “in natura” os açúcares sacarose e glicose. Isso incluem todos os doces de uma forma geral, mas exemplificando temos: balas, pirulitos, paçoca, achocolatados, iogurtes adocicados, refrigerantes, sucos industrializados ou naturais, biscoitos, incluindo o biscoito Maisena, chocolate e mel.
Contudo, existem outros alimentos que mesmo não possuindo sacarose ou glicose diretamente, também influenciam no processo da cárie.
Esses alimentos são os ricos em carboidratos fermentáveis, sendo estes: arroz, feijão, pão doce ou salgado, macarrão, todos os tipos de chips, biscoito de polvilho, polenta ou angu, cuscuz, tapioca, leites em pó ou em fórmula, compostos lácteos, iogurtes naturais e etc.., as chamadas comidas de verdade.
Os alimentos se decompõem sobre os dentes, formando o biofilme, e se não houver escovação adequada, ou seja, pelo menos 3 vezes por dia, uso do creme dental fluoretado de no mínimo 1.000ppm de flúor e o uso diário do fio dental, a cárie pode acontecer mesmo a criança não comendo doces.
Outro motivo comum para o aparecimento da lesão de cárie é a falta da higiene oral após o uso de medicamentos líquidos e inalatórios (contêm açúcar e acidez), principalmente os de uso contínuo.
Como prevenir?
A boa notícia é que a cárie é controlável, ninguém está fadado a apresentá-la, busque um Odontopediatra para juntos traçarem recursos preventivos individualizados, pois o seu filho é único e todo o tratamento ou prevenção deve ser pensado e programado de forma específica.
Por: Dra. Thaise de França Resende Ferreira
Cirurgiã Dentista – Odontopediatra
CRO/GO: 13120