Dor na relação sexual pode ter causa vascular

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A dor durante a relação sexual recebe o nome de dispareunia. Muitas mulheres apresentam esse quadro mesmo quando os exames ginecológicos estão normais. Nesses casos, é fundamental considerar uma investigação vascular.

Causas vasculares mais comuns

A principal causa é a presença de varizes pélvicas, geralmente diagnosticadas por ultrassom transvaginal com doppler. Esse quadro também pode ser identificado com exame de tomografia ou ressonância magnética com contraste.

Quando confirmada a presença de varizes pélvicas, o passo seguinte é investigar a origem, frequentemente sendo uma das seguintes:

Refluxo na veia ovariana: semelhante ao que acontece na veia safena, o sangue, em vez de subir, desce pela veia ovariana, causando a dilatação das veias pélvicas. Esse quadro é mais frequente em mulheres que já tiveram gestações.

Síndrome de compressão da veia ilíaca esquerda (Síndrome de Cockett ou May-Thurner): ocorre quando a artéria ilíaca comprime a veia no ponto em que se cruzam, dificultando a passagem do sangue. Sem conseguir seguir o trajeto normal, ocorre refluxo do sangue para as veias pélvicas, formando varizes. Além dos sintomas mencionados, essa paciente pode evoluir com trombose venosa e embolia pulmonar.

Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico é feito através de exames como: ultrassom transvaginal com doppler, doppler venoso dos membros inferiores e da pelve, tomografia ou ressonância magnética e cateterismo para estudo detalhado da hemodinâmica venosa.

Essa avaliação detalhada possibilita programar um tratamento que seja efetivo. Podendo ser feito de forma minimamente invasiva por meio do cateterismo com anestesia local e sedação. A veia ovariana é tratada com embolização ou oclusão, enquanto a veia ilíaca comum esquerda é tratada com a colocação de um stent.

Em casos de dor pélvica ou dispareunia sem causa aparente nos exames de rotina, considere uma avaliação vascular especializada. Apenas com uma investigação adequada é possível chegar ao diagnóstico correto e indicar o tratamento mais eficaz.

“Em casos de dispareunia sem causa ginecológica aparente é fundamental a investigação de um problema vascular.”

Por:

  • dra-fernanda-chrispim-medicina-do-sono-goiania
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