Tratar a flacidez facial sem cirurgia sempre foi um enorme desafio para nós, médicos. Mas, graças ao avanço das tecnologias, já contamos com vários recursos para prevenir e adiar essa queixa. O mais novo associa campos elétricos de alta intensidade (HIFES) com radiofrequência monopolar sincronizada e atua reposicionando todas as estruturas faciais; pele, ligamentos e músculos.
É o primeiro equipamento de remodelação facial não-invasiva, que trata simultaneamente pele e músculos, sem cortes ou agulhas e sem afastar o paciente da rotina. Ele chega ainda este mês ao Brasil e o Skin Place Institute será um dos pioneiros a disponibilizar esse lançamento para os seus pacientes. Por isso, nesta edição resolvi abordar seus diferenciais, mecanismo de ação e benefícios.
“trata-se de mais uma tecnologia de ponta, para otimizar o nosso skincare tecnológico, ativando os músculos elevadores da face, estimulando a produção endógena de ácido hialurônico, fibras elásticas e colágenas”
PORQUE É IMPORTANTE TRATAR TAMBÉM OS MÚSCULOS?
Essa é uma pergunta comum entre os pacientes, desde que trouxemos os campos eletromagnéticos para ativação muscular corporal. O que acontece é que, com o passar dos anos e assim como ocorre com o nosso corpo (sarcopenia), também perdemos massa muscular na face.
Os músculos, que exercem um papel importante na sustentação do rosto, vão perdendo a sua força e tônus. E essa frouxidão e atrofia influenciam na pele, contribuindo para aquele aspecto de “derretimento” que compromete, principalmente, o terço inferior da face e mexe tanto com a autoestima do paciente.
O diferencial dessa tecnologia é conseguir chegar tão profundamente na pele, a ponto de recuperar a atrofia muscular que acontece de forma gradativa, fruto do envelhecimento. Segundo os estudos apresentados, ela promove uma melhora da fibra e do tônus muscular, aumento na produção de colágeno, efeito lifting e redução de linha e rugas.
COMO ELE AGE NA PELE?
Essa nova tecnologia atua estimulando os músculos elevadores da face, através de duas correntes elétricas: a radiofrequência monopolar e os campos elétricos de alta intensidade (HIFES), por meio de aplicadores com eletrodos que são colocados nas bochechas e na testa.
As duas energias são liberadas simultaneamente e isso faz com que a pele seja estimulada, com aumento da produção de colágeno e elastina, assim como os tecidos conectivos abaixo (fáscias musculares e ligamentos), através do apertamento dessas estruturas que sustentam o rosto. E o músculo é estimulado através dos campos elétricos, que induzem contrações supramáximas, que melhoram o tônus e a densidade muscular.
Ou seja, a radiofrequência emite calor e induz colágeno e os pulsos elétricos regeneram o tecido muscular, fazendo-o voltar a se contrair no padrão ideal e não mais naquele modo já atrofiado por conta do envelhecimento.
Obviamente que na Dermatologia temos um limite em termos de resultado, justamente por oferecermos tratamentos não-invasivos ou minimamente invasivos. Muitas vezes, dependendo do grau de envelhecimento e flacidez, o paciente realmente tem indicação para um lifting cirúrgico. Por isso, é fundamental uma avaliação médica criteriosa e o alinhamento de expectativas.
QUANTAS SESSÕES SÃO NECESSÁRIAS? DÓI?
A sessão dura 20 minutos e preconiza-se um total de quatro a seis sessões, com intervalos semanais e um resultado total sendo alcançado ao final de três meses. A manutenção é necessária e definida de forma personalizada, segundo avaliação médica. Cada paciente responde de uma forma, então o tratamento é muito individualizado, podendo variar o nível de energia emitida pelo equipamento. Além disso, e para potencializar resultados, podemos envolver outros procedimentos em associação, como o ultrassom microfocado (Sistema MPT) e os bioestimuladores injetáveis de colágeno, conforme a necessidade de cada um. E quando à dor, trata-se de um procedimento muito bem tolerado pelos pacientes, que relatam sentir apenas um formigamento e o calor emitido pela radiofrequência.
Essa nova tecnologia chega para somar resultados, visando tratar todas as camadas da pele. Isso é fundamental, pois o envelhecimento ocorre de forma tridimensional, afetando não somente a pele, mas também os ligamentos, a faseia, os músculos e os coxins de gordura, além do processo de reabsorção óssea. Daí a importância de atuarmos nas várias camadas, regenerando e reposicionando todas as estruturas faciais de dentro para fora.
TEM IDADE PARA FAZER?
“Não, tem indicação!”
Alguns pacientes jovens já apresentaram indicação. Depende da genética, do estilo de vida, dos cuidados diários, dos procedimentos já feitos, etc. Ele também pode ser feito pós-lifting cirúrgico para manutenção dos resultados e, ainda, como prevenção. Aliás, é muito importante a conscientização do paciente jovem para a importância da regeneração e do estímulo frequente de colágeno de forma sustentável.
É o prejuvenation, um conceito já bastante difundido na Dermatologia, de prevenção e rejuvenescimento, que envolve cuidados com a pele desde cedo, de olho na saúde e longevidade, ou seja, em como aquele paciente estará daqui a 10, 15 ou 20 anos. E uma pele bonita e saudável em todas as fases da vida se conquista com disciplina, fotoproteção diária, skincare adequado, acompanhamento dermatológico e procedimentos em consultório, feitos com cautela, sem excessos e muito individualizados, que promovam resultados elegantes e naturais. Essa é a dermatologia que a gente acredita, ama e pratica no Skyn Place Institute.
Por: Dra. Marcelly Achkar
Medicina e Estética
CRM/GO: 15154