A geração atual vem dormindo duas horas a menos que a geração anterior. Outro dado preocupante é que 65,5% dos brasileiros dormem mal, sendo que esse número é maior entre as mulheres (71%) do que entre os homens (57%). Esses números foram apresentados por pesquisa da Unicamp realizada com 2 mil participantes e publicada na revista Sleep Epidemiology.
O sono reparador é uma necessidade biológica e afeta inúmeros fatores da saúde física e mental humana. Dormir menos ou ter sono de má qualidade aumenta as chances de problemas cardíacos, hipertensão arterial, sobrepeso, depressão, demências (como Alzheimer); além de reduzir a capacidade de concentração, atenção ao dirigir e a capacidade do sistema imunológico.
Segundo a especialista em Medicina do Sono, Fernanda Chrispim, em seu consultório tem aumentado o relato de casos nos quais a pessoa restringe o número de horas de sono, o que é chamado de privação do sono, para fazer outras coisas nos horários que deveriam ser dedicados a dormir, coisas como cumprir compromissos noturnos, estudar, trocar mensagens ou acessar e compartilhar fotos e informações pelas redes sociais.
Fernanda Chrispim alerta que distúrbios do sono – como ronco, apneia, insônia, podem impactar negativamente reduzindo a qualidade do tempo que é destinado ao sono. “Uma pessoa que sofre de apneia do sono, por exemplo, terá microdespertares que podem não ser percebidos durante a noite, mas que resultam em sonolência diurna, perturbação no humor e problemas cardiovasculares”, enfatiza.
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