Rompendo Barreiras: A Ascensão Notável das Mulheres na Medicina

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O mês das mulheres, comemorado em março, é uma oportunidade para celebrar as conquistas femininas ao longo da história, destacar desafios enfrentados e promover a igualdade de gênero.

O empoderamento feminino refere-se ao fortalecimento das mulheres, tanto individualmente como coletivamente, para que possam buscar autonomia, igualdade de oportunidades e participação ativa na sociedade em todos os níveis. Isso inclui o acesso a recursos, a capacidade de tomar decisões e a promoção da igualdade de direitos.

Uma mulher médica, como eu, desempenha múltiplas funções, não apenas como profissional da saúde, mas também como líder, mentora e defensora. Podemos inspirar outras mulheres, contribuir para a comunidade, e desafiar estereótipos de gênero. Além disso, muitas vezes precisamos equilibrar nossa carreira com responsabilidades familiares, demonstrando resiliência e habilidades de gerenciamento.

Durante muito tempo, o predomínio na carreira médica foi dos homens. Contudo, essa realidade vem se transformando ao longo dos anos, com mais intensidade a partir de 2010, e as mulheres passaram a ocupar um lugar de destaque.

Segundo um estudo do Ministério da Saúde, as mulheres devem ser maioria atuando na Medicina até 2030. Atualmente, a presença feminina na Medicina já é maior do que a masculina em algumas faixas etárias e especialidades.

Mas precisamos nos curvar às pioneiras, que romperam toda gama de preconceitos e resistências para abraçar a causa médica. No Paraná, temos entre os exemplos a Dra. Maria Falce de Macedo, não só a primeira médica a se formar pela UFPR, em dezembro de 1919, mas também a que se iniciou na docência no curso de Medicina. Seguiu os passos da Dra. Rita Lobato de Freitas, a primeira mulher a se formar em território brasileiro, na Faculdade de Medicina da Bahia, em 1887, e que pavimentou o caminho para que outras tantas mulheres se vissem impelidas a escolher a profissão, como a Dra. Wladyslawa Wolowska Mussi, nascida na Grande Curitiba em 1910 e formada também pela UFPR, constitui-se na primeira médica a atuar em Santa Catarina.

Sempre me perguntam: como você consegue dar conta de cuidar da sua clínica, dos seus pacientes, dos seus estudos, da sua casa, da sua família, da sua vida… ao mesmo tempo? Normalmente, a mulher médica se cobra muito e sempre busca ser uma boa profissional, mas para que isso aconteça, precisa, antes de tudo, AMAR O QUE FAZ, assim tudo se torna mais leve e prazeroso; mas também é necessário cuidar bem da saúde, bem-estar mental, físico e social. Por isso, é importante saber equilibrar carreira e vida pessoal.

As mulheres desempenham papéis extraordinários como mães, esposas, profissionais, filhas, irmãs, e em muitas outras áreas da vida. Nossa dedicação, força e contribuições merecem ser reconhecidas e celebradas.

Apesar da competência comprovada, este grupo (mulheres) ainda é alvo de estigmas, de preconceito e da objetificação causada pelo machismo estrutural, um problema que se esconde em instituições, universidades e nos ambientes de trabalho, onde as mulheres têm o direito de exercer livremente suas profissões com responsabilidade e empenho.

Se o Dia Internacional da Mulher teve o seu sentido original parcialmente diluído, adquirindo frequentemente um caráter festivo e comercial, cabe-nos manter acesa a chama de perseverança e inspiração para novos e melhores horizontes. Que médicas – e médicos – não se distanciem dos ditames éticos da profissão, tendo em mente sempre que o alvo de toda sua atenção é a saúde do ser humano, em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade e amor.

Parabéns às mulheres em sua luta contra preconceitos, desigualdades e que sejam ser respeitadas em sua profissão e humanidade.

Por:

  • aline-longatti-revista-goiania
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