TDAH e Alimentação: Como a Dieta Pode Impactar o Tratamento

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O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio neurocomportamental que afeta muitas crianças e adultos, causando dificuldades em áreas como concentração, controle de impulsos e regulação de comportamentos.

Embora o tratamento convencional geralmente envolva terapia comportamental e medicamentos, a alimentação também pode desempenhar um papel importante na gestão dos sintomas. Estudos recentes sugerem que uma dieta balanceada e a escolha de certos nutrientes podem contribuir para o controle do TDAH, melhorando o foco e reduzindo a hiperatividade e a impulsividade.

A Importância de Nutrientes Específicos

Alguns nutrientes são essenciais para o funcionamento adequado do cérebro e podem ajudar a melhorar os sintomas do TDAH. Entre os mais relevantes, destacam-se:

Ácidos Graxos Ômega-3: O Ômega-3 têm mostrado benefícios para a função cognitiva e de comportamento. Esses ácidos graxos são fundamentais para a saúde neuronal e podem ajudar a reduzir a impulsividade e melhorar a atenção em pessoas com TDAH.

Zinco e Magnésio: Esses minerais desempenham papéis cruciais na regulação do neurotransmissor dopamina, que está frequentemente desequilibrado em indivíduos com TDAH. Estudos indicam que a suplementação de zinco e magnésio pode ajudar a melhorar a atenção e reduzir a irritabilidade.

Proteínas: A ingestão adequada de proteínas também é essencial, pois elas fornecem os aminoácidos necessários para a produção de neurotransmissores como a dopamina e a norepinefrina, envolvidos no controle da atenção e do comportamento.

Evitar Alimentos Processados e Açúcares Refinados

Uma alimentação rica em alimentos processados, açúcares refinados e gorduras trans pode piorar os sintomas do TDAH. Estudos sugerem que o consumo excessivo de açúcar pode levar a picos e quedas nos níveis de glicose no sangue, o que afeta a energia e a concentração.

Além disso, aditivos alimentares como corantes artificiais e conservantes têm sido associados ao aumento da hiperatividade em algumas crianças com TDAH. Por isso, recomenda-se evitar alimentos como refrigerantes, guloseimas e alimentos ultraprocessados, optando por uma alimentação mais natural e equilibrada.

Dieta Anti-inflamatória

O TDAH também tem sido relacionado a processos inflamatórios no cérebro. Por isso, uma dieta anti-inflamatória pode ser benéfica. Alimentos ricos em antioxidantes, como frutas vermelhas, vegetais folhosos verdes, castanhas e sementes, ajudam a combater a inflamação e o estresse oxidativo, promovendo um ambiente mais saudável para o cérebro.

Estabelecendo uma Rotina Alimentar

Estabelecer uma rotina alimentar regular é essencial para evitar flutuações no nível de energia, que podem afetar o comportamento. É importante fazer refeições equilibradas ao longo do dia, incluindo café da manhã, almoço, jantar e lanches saudáveis.

Comer de forma regular ajuda a manter os níveis de glicose estáveis, o que pode ajudar a melhorar a concentração e o controle de impulsos.

Embora a alimentação não seja uma solução isolada para o TDAH, ela pode ser uma aliada importante no manejo dos sintomas. A consulta à nutricionista é essencial para desenvolver um plano alimentar adequado, junto com outras estratégias de tratamento, para alcançar os melhores resultados!

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