O neném nasceu e a alegria tomou conta da casa! Todos vieram visitá-lo, perguntaram como ele esta, se está se alimentando e dormindo bem, mas, peraí, e a mamãe? Será que está tudo bem com ela?
O puerpério (pós-parto) é uma fase de transformação: a mulher tem uma queda brusca de hormônios, às vezes sente dores, tem sua rotina modificada. Esse é o momento em que se sente mais pressionada e preocupada com a maternidade.
Quando pode aparecer?
Existem mulheres que sentem tristeza e melancolia nos primeiros dias pós-parto e muitas pessoas podem se perguntar: “Como assim? Não era para ela estar toda feliz por vivenciar um momento único na vida?”. Normalmente sim, porém, após o nascimento do bebe, seu corpo passa por processos hormonais, que podem resultar em dúvidas, medos, inseguranças.
O chamado baby blues começa nos primeiros dois ou três dias do puerpério e pode durar até cerca de 15 dias. Esse estado é categorizado por um humor melancólico e os sintomas mais comuns são:
- Maior sensibilidade emocional;
- Constante vontade de chorar;
- Mudanças de humor;
- Alterações no sono;
- Comentários autodepreciativos;
- Impaciência;
- Insegurança.
O baby blues causa uma tristeza branda na mãe que não a impossibilita de cuidar do bebê e realizar suas atividades.
A American Pregnancy aponta que entre 70% e 80% das mães experimentam alguma mudança de humor ou algum tipo de sentimento negativo após o nascimento do bebê.
Nesse momento é importante que ela receba o apoio do pai da criança e da família para se sentir confirmada e confiante. Ter uma rede de apoio faz toda a diferença!
A causa do baby blues
A causa do baby blues é desconhecida, mas acredita-se que esteja relacionada com as alterações hormonais. É frequente em mulheres que ficam grávidas pela primeira vez e está altamente associado à insegurança em relação ao desempenho no cuidado com o filho. Além disso, a privação de sono, falta de rede de apoio, isolamento e alimentação inadequada podem potencializar esses fatores.
Ainda que o baby blues se apresente de forma intensa, muitas vezes não há necessidade de um tratamento específico. Contudo o acolhimento do pai e da família contribui positivamente para o quadro. Outros fatores que colaboram nesse momento:
- Manter uma dieta equilibrada;
- Pedir ajuda: não existe a necessidade de a mãe dar conta de tudo nesse momento, ela precisa saber disso e sentir que tem com quem dividir as atividades;
- Não se sentir culpada por ter tido baby blues – qualquer mulher pode manifestar essa condição e não existe culpa;
- Não precisa ser perfeita;
- É importante que a família promova o diálogo para que a mãe fale sobre o que está sentindo e como deseja ser ajudada.
Lembrando que o baby blues não é o mesmo que depressão pós-parto, pois eles se diferenciam pela intensidade e duração dos sintomas. Sintomatologia persistente pode ser um indício de uma evolução do baby blues para depressão pós-parto, portanto, procure ajuda profissional!