Rildo Lasmar nascido em Bambuí, uma cidade pequena no interior de Minas Gerais, hoje com 30 mil habitantes. Foi onde cresceu, deixando o interior aos 17 para 18 anos, indo para a capital Belo Horizonte.
Fez cursinho e passou no vestibular de Odontologia, em Uberaba, onde veio a se formar em 1996.
“Meus princípios e valores foram herdados de meus pais, pessoas esforçadas, trabalhadoras, simples e honestas. Minha mãe era costureira, meu pai funcionário público, cargo baixo em uma escola, foi onde eu cresci e aprendi com eles!” ressaltou Dr. Rildo.
Por que Rildo Lasmar escolheu a Odontologia?
O que me motivou a escolher a odontologia, é que mesmo sendo uma cidade pequena, haviam cinco dentistas só na minha rua, e a gente cresceu, desde os quatro, cinco, seis anos, indo para as novenas. E no interior a novena é na rua, em frente as casas dos vizinhos, cada dia em uma casa.
“E em frente à minha casa tinha um dentista, do lado tinha outro dentista, umas 5 casas pra frente tinha outro… é assim, tinha uns 5 dentistas na minha rua!”
E eu me espelhei neles, sendo uma cidade pequena, quase todos os dentistas estava na minha rua. Eles eram pessoas muito ilustres, sábias, respeitadas, sendo eles que me inspiraram a ser dentista. Eu via neles pessoas boas, queridas, de boa índole, profissionais competentes em que me espelhei. Foi isso que me levou a estudar odontologia.
E Goiânia, surgiu em que momento?
Em 1996, logo que me formei pela faculdade de odontologia de Uberaba.
Não conhecia a cidade, mas tinha vontade de mudança, não havia nada aqui que me fizesse vir, mas eu tinha em minha mente o desejo e a imaginação de que ia ser bom para mim, por ser uma cidade nova, cidade crescente, era uma cidade que eu sabia que iria crescer.
Os mineiros tinham a tendencia de ir para a capital Belo Horizonte, porém, já era uma cidade muito grande, e eu sabia que seria mais difícil de me destacar em uma cidade grande do que em uma que ainda estava crescendo.
Como foi esse desafio de começar em um lugar completamente novo? Veio sozinho ou com a Dra Bell?
Eu vim primeiro e seis meses depois a Bell veio também. Nós começamos a namorar com 18 anos, em Belo Horizonte. Eu me formei primeiro, por ter passado primeiro no vestibular, e ela passou depois de seis meses. Eu me formei em Uberaba e ela se formou em Uberlândia, mesmo intervalo em que viemos para Goiânia.
Lembro de chegar em Goiânia numa quinta-feira, e na sexta-feira eu vesti branco, fui pra rua e arrumei dois empregos, um de manhã e outro a tarde. Comecei a trabalhar, fiquei uns 3 a 4 meses trabalhando. No início do ano veio o carnaval e a dona da empresa queria fechar para emendar o feriado, e eu falei “não, deixa eu trabalhando aqui!”, então combinei com a secretária e fiquei trabalhando.
Nunca tive preguiça em minha vida, uma das maiores qualidades que eu tenho, e acho que todo mundo que tem preguiça não vai pra frente, em qualquer área né. Então não pode ter preguiça de trabalho e nem de vontade de vencer.
E aí, após esses primeiros meses eu e a Bell começamos juntos, onde eu vendi um carro que eu tinha para montar um consultório. No consultório não tinha pacientes, que por não ser de Goiânia, era mais difícil de ter indicações e procura espontânea, então eu ficava na rua distribuindo panfletos, cartões, e eu também pegava o classificados do jornal, ligava pra quem estava vendendo alguma coisa, uma televisão, uma cama, um sofá, um som, um fax, eu ligava oferecendo os meus serviços em troca do que a pessoa estava vendendo.
Assim eu conhecia uma pessoa, além de adquirir um bem, e essa pessoa virava um paciente, pois eu sempre me esforcei muito, eles gostavam do meu serviço, me indicavam, e assim que eu fui crescendo.
Nesse início eu também não tinha telefone, meu telefone era o orelhão da rua, onde eu colocava no cartão e panfleto que eram distribuídos o número do orelhão da rua, e toa vez que tocava a minha secretária descia correndo e atendia “consultório do Dr. Rildo bom dia/boa tarde”, e foi assim, com muita dificuldade, mas nunca com preguiça, sempre trabalhando todos os dias, dia e noite, finais de semana, entregando panfletos onde eu ia, entregava cartão, entregava para o frentista mas não entregava para o dono, porque a estrutura ainda era fraca, mas sempre correndo atrás de melhorias.
Sem dúvida um começo que poucos imaginam por ver tudo o que é hoje. Mas, fiquei sabendo que já participou do Domingão do Faustão, como foi?
Essa é outra história legal, por que eu tinha um consultório portátil, que foi o seguinte; uma vez eu atendi uma senhora no hospital lá no centro, e ela perdeu a dentadura (na verdade o pessoal do hospital jogou a dentadura dela fora) e ela com muito trauma não saia do hospital sem a dentadura dela. Então eu tive que construir uma dentadura na clínica com a seguinte logística; eu corria no hospital, provava a dentadura nela, voltava na clínica, mexia na dentadura, voltava e provava nela. E foi nessas idas e vindas que eu pensei em construir um consultório portátil para atender as pessoas acamadas e as pessoas com deficiência física que não poderiam ir ao consultório.
Então eu fiz um consultório portátil/móvel, e surgiu uma oportunidade no Domingão do Faustão, no quadro Domingão da Invenção, onde eu me inscrevi. Eram quatro ou cinco etapas, eu passei para a final e fiquei em segundo lugar perdendo para uma invenção que chamava Gela Latinha, que gelava uma latinha de cerveja. E foi assim minha participação no Faustão, uma experiência sensacional!
E quando começou a expandir/crescer, e ainda, quando os famosos começaram a chegar na sua clínica?
Minha primeira clínica foi no centro, na rua do lazer, e aí, como eu não tinha muitos pacientes, eu falei “não posso ficar parado”, então comprei um consultório um pouco mais afastado, no Urias Magalhães, onde eu atendia dia sim/dia não, onde consegui ter os dois consultórios cheios no dia em que eu atendia neles.
E esse “não posso ficar parado” continua me movendo até hoje.
Dos famosos foi por acaso, nunca foi proposital, pois foram surgindo pessoas conhecidas e eu sempre com boa vontade para atender, como os demais pacientes, e eles gostavam, foram ficando e indicando outros, alguns viraram amigos e sempre que possível a gente faz uma foto junto.
Sempre te vejo como uma pessoa bastante positiva e que transmite uma energia boa por onde passa. Sempre foi assim? Teve que trabalhar ou trabalha algo dentro de você para manter ou ativar esse estado de espírito fantástico?
Eu sempre fui uma pessoa positiva, desde criança eu não achava dificuldade pra fazer as coisas, basta boa vontade, eu acreditava que se eu quisesse materializar uma maça, com a força da minha mente era possível. Algo que hoje vejo que já demonstrava muita força.
Essa positividade se estende pra tudo, sobre adquirir as coisas, sempre acreditei que se a gente querer as coisas de verdade, elas acontecem. É que esse “acreditar de verdade” é você fazendo acontecer!
Então você trilha um caminho, que até seu inconsciente trabalha a seu favor, e as coisas acontecem mesmo. Então não foco na dificuldade, sempre que tive dificuldade, vejo como aprendizado, sendo assim, não era dificuldade, era ensinamento. A dificuldade é uma barreira que você fala “não é por esse caminho, é por outro caminho, vamos descobrir o outro caminho”, e foi sempre assim que fui vencendo os desafios da vida!
E as novidades? O que podemos esperar do Dr. Rildo Lasmar?
Temos novidades também. Estamos abrindo uma clínica nova, maior do que esta do Alpha Ville, lá no Flamboyant. Localizada no terceiro piso, junto com as grandes marcas mundiais, será uma clínica ampla, com spa, com toda área médica e odontológica, bem completa, com cafeteria, e se Deus quiser uma clínica a ser referência nacional. Isso a médio prazo, mas que a longo prazo desejamos expandir mundialmente. Esse é o nosso desejo!
Maravilhoso conhecer um pouco de sua história, mas poderia deixar uma mensagem para os nossos leitores?
Minha mensagem para todos é que “Não se abata nem desista por nenhuma dificuldade, vá em frente com seus sonhos e suas vontades, tenha a certeza de que tudo é possível, existe saída para tudo, não tem nenhuma dificuldade maior do que a criada por você mesmo, todas as dificuldades que existem são criadas por você, tenha certeza de que ela vem como um ensinamento de que não é aquele caminho que você trilhou, então mude o trajeto para resolver o que você tem que ser feito, use esse ensinamento para mudar o rumo e chegar onde você quer chegar! Não se abata, não tenha preguiça, foque no que você quer, que você vai chegar no seu ponto certo de chegada!