Felizmente, apesar de haver na sociedade atual uma tendência a romantizar a obesidade, nunca houve tantos estudos e um aumento da conscientização da necessidade em previr esta doença. Em meu consultório sempre deixo claro aos meus pacientes que se trata de uma doença crônica, inflamatória e multifatorial.
A obesidade é um problema de saúde pública!
Não vamos confundir estipulação de padrões de beleza com a normalização de uma patologia tão grave. Recentemente a pioneira da beleza supersized Jamie Lopez morreu nos Estados Unidos aos 37 anos. Ela chegou a pesar 380 quilos e abriu seu salão de beleza em Las Vegas, sem conseguir sair da cama. No Brasil, o laudo da morte do grande apresentador Jô Soares foi revelado após quatro meses mostrando que ele apresentou complicações devido a obesidade. Estes são apenas exemplos de pessoas muito queridas e que eram VÍTIMAS de uma comorbidade.
Muitos julgam que a pessoa que está acima do peso, que é por escolha. Gostaria que você me enumerasse apenas uma pessoa que por escolha está obesa ou abaixo do peso ideal. Todos buscamos nos sentir bem com o nosso próprio corpo, mas muitas vezes por uma sequência de frustrações ao tentar por conta própria ter êxito em seus resultados acaba conformando e se entrega a esta situação tão devastadora de saúde.
Vou repetir, “a obesidade é uma doença e deve ser encarada como tal!”
Hoje, as medicações para o combate a obesidade são as que têm o maior crivo para serem aprovadas, pouco a pouco se tornam cada vez mais seguras e efetivas.
No meu consultório, muitas vezes ouço o seguinte questionamento de meus pacientes em primeira consulta: “Mas doutor, eu realmente preciso tomar medicamentos para emagrecer? Será que apenas com dieta e exercício físico eu não consigo emagrecer?”, as pessoas não se preocupam em usar medicamentos para hipertensão, diabetes, hipo ou hipertireoidismo, mas se incomodam em tratar pelo resto da vida a obesidade?!
O que acontece quando um paciente hipertenso, por exemplo, que está há 5 anos com a pressão adequada e, por conta própria, ele para de tomar o que lhe era prescrito? Ele descompensa! O mesmo acontece com as demais doenças, inclusive com relação a obesidade.
A Cirurgia Bariátrica não é a cura da obesidade, tão pouco os medicamentos mais modernos.
Hoje em meu consultório, com os tratamentos avançados de emagrecimento, consigo entregar resultados semelhantes a Cirurgia Bariátrica, no entanto, não existe ex-obeso, existe obeso compensado. E quando temos esta consciência, vemos que mais importante do que a intensidade, é a constância!
Ao entendermos isso, vemos que as vítimas da obesidade precisam de um atendimento individualizado, associado a tratamento farmacológico, mudança de estilo de vida e adi eterno. Combater a obesidade não é estipular um padrão de beleza, e sim evitar que a romantização de uma doença nos leve a perdas tão lamentáveis como as de Jamie Lopez e Jô Soares.
Procure uma ajuda médica especializada!
Por: Dr. Lucas Augusto
Nutrologia
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