Meus cabelos estão diminuindo em quantidade e volume, será que vou ficar careca?
Esta é uma dúvida que frequentemente preocupa homens e mulheres de idades variadas. Segundo a Dra Lorena Dourado Alves, Titular em dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e com Formação em Tricologia (ciência que estuda o cabelo) pela Faculdade de Medicina do ABC e pela USP, a Alopecia Androgenética, também conhecida como calvície, é uma doença em que existe, na maioria dos casos, uma predisposição genética ainda não completamente definida.
A calvície pode acometer homens e mulheres em graus variados de gravidade. Seus sinais geralmente começam a se manifestar na adolescência, mas podem surgir em pessoas mais velhas. No início, por ação hormonal, os cabelos ficam progressivamente mais finos, depois começam a cair e, ficam tão finos, que param de nascer naquele local. Caso se faça o diagnóstico precoce e se inicie o tratamento adequado conseguimos, na maioria dos casos, amenizar a progressão da doença, explica a Dra Lorena Dourado.
Para seu diagnóstico podemos lançar mão, além do exame físico feito por um dermatologista, de exames como o tricograma no qual avaliamos as raízes dos cabelos, e que determina a porcentagem de fios em processo de queda e de fios afinados; dermatoscopia manual e digital utilizando o programa Trichoscan® que, de acordo com a Dra Lorena, “faz uma contagem computadorizada dos tipos de fios presentes em determinada área do couro cabeludo sendo um método eficaz para diagnóstico e acompanhamento da alopecia androgenética, sendo uma ferramenta que não substitui, mas complementa o tricograma e em alguns casos de biópsia”. Também são feitos exames laboratoriais que excluem ou evidenciam deficiências vitamínicas, anemias e outras doenças que podem causar a queda de cabelo.
Conforme explica a Dra Lorena Dourado, dependendo do estágio evolutivo da doença, podemos tratar apenas com remédios de aplicação no couro cabeludo ou associar com medicamentos orais e outras formas de tratamento, como aplicações de lasers de diodo de baixa potência, aprovados pelo FDA (órgão americano que regulamenta medicamentos e lasers nos EUA) por promoverem uma fotobioestimulação do cabelo, melhorando as raízes viáveis e a haste capilar.
Existem outras opções de tratamento que podem ser associadas aos tratamentos convencionais, como: mesoterapia, microagulhamento e MMP (micro infusão de medicamentos pela pele). O transplante também é uma opção quando a pessoa possui uma área doadora satisfatória (cabelos da região posterior da cabeça) podendo ser feito em quadros desde os mais iniciais até os mais extensos.
De toda forma, o ideal é procurar um dermatologista com Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia para que ele faça uma avaliação clínica e inicie o tratamento adequado para seu caso. “O mais importante é procurar seu dermatologista se você perceber que seus cabelos estão caindo ou passando por alterações de volume ou afinamento, para que ele faça sua avaliação e inicie, se necessário, seu tratamento de maneira precoce.
Dessa forma poderemos, na maioria dos casos, evitar a progressão da calvície, mantendo seus cabelos saudáveis por mais tempo!”, conclui a Dra. Lorena Dourado.
Por: Dra. Lorena Dourado Alves
Médica Dermatologista
CRM/GO 11663 | RQE 7207