A Instabilidade Patelar, também conhecida como Instabilidade Femoropatelar, é uma condição médica que acomete a patela, onde pessoas que sofrem com esse problema têm a sensação de falseio, com o receio de a patela sair do lugar ao caminhar ou praticar esportes.
Tanto homens quanto mulheres podem sofrer com esta condição, no entanto, ela é mais comum nas mulheres, por conta de algumas diferenças anatômicas em relação aos homens. Mas também, os atletas e adeptos de modalidades esportivas, como futebol e basquete, também podem ser mais propensos a serem acometidos por essa doença.
Como ocorre a Instabilidade Patelar?
A patela é um osso sesamoide (que possui um formato triangular) localizado na parte da frente do joelho, que têm as funções de conectar os músculos do quadril e da coxa à perna, facilitar o movimento de extensão e flexão do joelho e proteger estruturas internas da articulação.
Quando ocorre o deslocamento lateral da patela em relação ao fêmur, chamamos de instabilidade patelar. Essa disfunção pode causar dor, favorecendo o surgimento precoce de osteoartrite, ocasionar subluxação ou luxação da patela e até mesmo dificultar os movimentos das pernas.
Ou seja, a Instabilidade Femoropatelar é um problema que atinge o joelho deixando a patela mais propensa a se desencaixar do fêmur.
Quais as principais causas da Instabilidade Patelar?
Existem pessoas que são anatomicamente mais suscetíveis a desenvolverem essa condição médica.
As três principais são em casos de pessoas com patela alta (condição congênita na qual a patela é mais alta que o normal), tróclea rasa (condisão em que esse sulco do fêmur não possui profundidade suficiente para alocar o osso) e a má formação do fêmur.
Além dessas principais, temos também outros fatores, como; lagura excessiva da pelve, joelho valgo (voltados para dentro), insuficiência ligamentar e fraqueza muscular do quadril e da coxa.
Quais são os sintomas?
Pessoas acometidas por instabilidade da patela costumam sentir dor forte na região anterior do joelho, têm a sensação de falseio e também de que existe areia dentro da articulação, ouvem estalos e, em casos mais graves, o indivíduo tem dificuldade ou até mesmo a perda da capacidade de movimentar o joelho.
Como o diagnóstico é realizado?
O diagnóstico é feito com base na história do paciente. Após a anamnese, o ortopedista realiza alguns exames físicos, sendo comum a solicitação de exames de imagens, como radiografia, tomografia e ressonância magnética.
Como é realizado o tratamento?
O tratamento é definido de forma individualizada, podendo ser cirúrgico ou não cirúrgico.
No tratamento não cirúrgico, pode haver a necessidade de imobilização do joelho, uso de analgésicos e sessões de fisioterapia, com o objetivo de fortalecer e equilibrar os grupos musculares relacionados ao funcionamento desse osso.
Caso as medidas conservadoras não surtam efeitos, é possível recorrer a um procedimento cirúrgico. Atualmente uma das cirurgias mais utilizadas consiste na reconstrução do ligamento patelofemoral medial.
O tratamento trás melhora na qualidade de vida do paciente, e por isso ele não deve ser negligenciado. Ao sentir algum sintoma, procure a ajuda de um médico ortopedista especialista em cirurgia do joelho, ele é o profissional mais indicado para fazer sua avaliação e indicação de tratamento.